27 fevereiro 2009

All you need is love


Neste carnaval pensei em muitas coisa sobre tantas muitas coisas.

Uma delas foi que todos nós sempre estamos em busca do amor... E para inspirar achei isso:

"Love is a potent potion to strengthen the soul and nourishing nectar to sweeten the spirit. All is in love and love is in all. Love is eternal and infinite. Love is god and god is love. I live and die for love’s sake."
Satish Kumar

Como seria o mundo se as mulheres tomassem a iniciativa?

Neste carnaval pensei muitas coisas sobre muitas tantas coisas.

Em meio a folia dos blocos, marchinhas e samba da Lapa, me dei conta como sou machista eu mesma!

Uma mulher viajada, independente, inteligente, enfim... que pode até dar todos os sinais, as senhas para o dito cujo em questão, mas que na hora da decisão delega, deixa na mão e por conta inteiramente do sujeito!!

Me dei conta que tenho incrustado em mim essa noção de que a decisão final tem que ser do homem. Que é ele que vai decidir ou não se vai querer estar comigo. Que nós mulheres transferimos para os gentlemen por aí a nossa vontade pessoal e irrestrita de estar com alguem. Não é a toa que depois ficamos frustradas quando a resposta não é exatamente como esperávamos. Quantas vezes já não ouvi das minhas amiga: " mas eu fiquei esperando e ele não fez nada."

Enfim, por conta disso fiquei pensando como seria o mundo se nós mulheres tomassemos de verdade a atitude. Tipo assim, numa balada depois da trocas de olhares e tudo o mais, chegar para o cara e dizer: " Estive te olhando a noite inteira. Te ahei muito bonito e blablabla..." Será que as taxas de relacionamentos iria aumentar??? Será que as relações homem-mulher seriam menos complicadas??? Será que pouparíamos nosso tempo com o famoso joguinho? Enfim, como será que seria?

Por via das dúvidas resolvi começar a fazer a minha parte para mudar o mundo... Let´s see

Namorados há 65 anos

Neste carnaval pensei muitas coisas sobre muitas tantas coisas...

Há muito venho pensando nas gerações e na relação das gerações. Tudo começou quando quis ter um mentor(a) para me acompanhar no meu processo de desenvolvimento pessoal e profissional. Eu dizia para mim mesma, não é para ser alguem que acha que tem coisas a me ensinar, mas alguem que eu escolha para me acompanhar, andar junto, lado a lado numa caminhada nova porém já vivida. E foi assim que um ano e pouco depois encontrei Sarah Whiteley e Maria Scordialos encrustadas como pérolas nas pedras do Mar Egeu. Como se uma onde me tivesse levado até elas, assim meio á deriva como quem acha que não sabe para onde ir mas já saiu com o destino traçado. Come~cou com um sonho, espaço em branco, no topo duas palavras grandes separadas por hifen escritas em letras diferentes e faladas em lingua pouco familiar. Axladitsa-Avatakia... Era para lá que derivava minha alma antes mesmo de eu começar a atravessar o oceano. Em busca de aprendizagem, de cumplicidade e simplicidade. Porque as coisas sempre são porque são. Mulheres que vivem com o que são. Com um amor de plenitude e inteireza e com suas certezas. Duas guerreiras, duas fadas, duas bruxas. Me acompanham, me questionam, me instigam, completam meu pensar e dizem o meu falar que ainda não tinha forma só sentido. Aprendo um pouco mais de mim a cada dia, pois me vêem com olhos de quem enxerga além, dentro, bem dentro - nonde mora o que quer sair.

Abrir-me para aprender, no sentido do aprendiz é coisa rara, coisa dificil. Tanto rara no tempo esse em que vivemos, em que se cobra por sermos sabidos, sabichões desde que se é gente um pouco maior. Tempo que se valoriza a eterna novidade e a invenção. Tempo em que bonito é ser gente grande logo de uma vez. Nossos ritos de passagem parecem mais uma merchandise que se compra e vende na esquina - formatura, festa de quinze anos, carteira de motorista, 21 anos e por aí vai. E vamos aos poucos nos perdendo de nossos avós, pais e ancentrais. Deixando pra trás, à rebarba, a sabedoria da linhagem, da tradição. Nos perdemos dos nossos mestres e professores deixando-os no esquecimento das memórias de um tempo de festas, de descobertas e curtição. Eles já foram o que somos hoje. E são um pouco, quase tudo, do que seremos daqui a pouco. Então porque deixá-los tão escondidos e ignorados se a sua luz ilumina os nossos novos traçados caminhos?

Vendo hoje meus avós que assistiam tv com o volume nas alturas um ao lado do outro segurando as mãos como novos namorados de 65 anos de convivência, pensei comigo: "o quanto tenho para aprender..." Eles passaram juntos a segunda guerra, criaram os filhos na juventude da ditatura, participaram das primeiras eleições da redemocratização, viram Collor subir e descer, viveram a crise do petróleo e do dólar, se assustaram com o 11 de setembro, ficaram indignados com o lula lá, aprenderam a não ser chamados de sr ou sra, e também que hoje em dia se mora junto e não se casa virgem e que é ´possível falar com alguem por uma tela preta... E tudo isso juntos, ela e ele, ele e ela, aprendendo e reaprendendo a ser um pouco mais de um ou pouco mais do outro, um pouco dos filhos, um pouco dos netos e um pouco dos bisnetos.

17 fevereiro 2009

Oxalá


Haja o tempo, haja a hora
Para encontrar ou mesmo se questionar
Por que será mesmo?!

A música tocando no fundo
Oxalá, eu não ando sem cuidado
Oxalá, não faça tudo a pressa
Oxalá, meu futuro aconteça.

Tempo para as coisas
Tempo para mim

A noite já é alta
O céu tem pingos brilhantes
O som lembra um amor
Lembra do céu azul e de sinos na capela

Como é mesmo que as coisas mudam?
Como é mesmo que passamos a ser e então não somos mais?
Oxalá, o tempo passe hora a hora

Pela janela quase pego as cores
Nas banquinhas do cemitério
Avenida larga com lembrança dos primeiros dias de cidade cinza
Dos dias de começo de "adultez"
There is nothing you can do that can't be done
There is nothing you can make that can't be made


E o sinal vem caminhando tranquilo na calçada do lado de lá
ALL YOU NEED IS LOVE!

15 fevereiro 2009

Cruzando a Rua Augusta

Noutra noite fui até a Rua Augusta para ir numa baladinha, tal foi meu espanto ao ver boom que sofreu o já point da cidade. Inúmeras casas noturnas, barzinhos e otras cositas mas que sugiram naquela região de nos últimos dois anos! Me impressionou o numero de pessoas - todas muito diversas andando pelas calçadas da rua em plena 1h da madrugada em busca de um lugar legal para ir curtir uma sexta a noite.

Vocës já pensaram nisso, como a Rua Augusta representa muito simbólicamente a cidade de São Paulo??? Pois é, de uma extremidade a outra ela carraga consigo marcas fortes da cidade. Começando pelo centro, temos ali uma boa demonstração da arquitetura antiga da cidade, seus personagens (prostitutas, cafetões, clientes, lojas especializadas em moda luxo das ruas, enfim, uma infnidade de coisas peculiares do local... Mais acima, se misturado com a grandissisima quantidade de casas da noite, bares, baladas cult e restaurantnhos, vamos chegando mais perto da Paulista, onde se encontra o Cine Unibanco, que por si já reune uma fauna interessante da cidade. E ali, logo acima está a impetuosa paulista - do lado esquerdo o vão com o MASP e o ralador da FIESP, do lado direito a baixada do tunel dos grafites para a Rebouças e Dr. Arnaldo. Como se fosse um respiro na subida da ladeira do multiculturalismo e diversidade da cidade... Um ar de mercado financeiro e grandes empresas e escritórios de advocacia, recheado com um pouco de arte e cultura dos centros culturais, cinemas, museus e feiras de domingo.

Seguindo a diante vamos adentrando a parte nobre da famosa rua, que ainda assim não é tão nobre assim, pois reúne lojas de marca mais ao final com bazares de ponta de estoque vendendo roupas por R$ 10.00. Uma verdadeira miscelânea, cheia de cores, cheiros e alegorias!

E tal não foi minha surpresa quando comentei com um novo amigo minha surpresa ao re-conhecer a nova Augusta quando ele falou do projeto que faz com alunos de um escola de elite em são paulo para traçar os extremos sócio-econômicos da cidade, que uma de suas alunas propos fazer um documentário sobre nada mais nada menos que a Rua Augusta! Achei incrivel a idéia e fiquei curiosa para saber o resultado. Estou certa de que bons personagens terão para dar vida ao filme.

Afinal, se tem uma coisa de que São Paulo é feita, é de personagens!!!

07 fevereiro 2009

Não-entender

** Para inspirar **

"Não entender" era tão vasto que ultrapassava qualquer entender - entender era sempre limitado. Mas não-entender não tinha fronteiras e levava ao infinito, ao Deus. Não era um não-entender como um simples espírito. O bom era ter uma inteligência e não entender. Era uma benção estranha como a de ter loucura sem ser doida. Era desisteresse manso em relação às coisas ditas do intelecto, uma doçura de estupidez.

Mas de vez enquando vinha a inquietação insuportável queria entender bastante para pelo menos ter mais consciência daquilo que ela nÃo entendia. Embora no fundo não quisesse compreender. Sabia que aquilo era impossível e todas as vezes que pensara que se compreendera era por ter compreendido errado. Compreender era sempre um erro - preferia a largueza tão ampla e livre e sem erros que era não-entender.


Clarice Lispector

03 fevereiro 2009

Café de Palhaças

E como é a vida cheia de encontros inusitados e surpreendentes que nos conduzem para os rumos que estamos buscando, não é?!

Há tempos uma amiga/irmã de alma me dizia que queria me apresentar para sua amiga que também é palhaça e tem feito trabalhos interessantes nesse caminho. Hoje finalmente conseguimos marcar um café no meio da tarde em um cantinho da Vila Madalena. Foi ótimo!

Encontrei ali uma pessoa que, a partir de sua vasta experiência e know-how no setor privado, especificamente, no campo da propaganda, está investindo na combinação da arte do palhaço com o trabalho com grupos, criação e inovação de processos.

Um encontro sem pretenções que acabou por despontar possibilidades de trabalho e experimento conjunto muito inspiradores e empolgantes. Da nossa conversa animada já surgiu a idéia de começarmos essa dupla em alto estilo na Grécia durante o Axladitsa-Immersion (http://www.axladitsa.org/calendar.htm) em maio deste ano.

Saí do nosso café mais do que animada e também agradecida a minha querida amiga/irmã de alma pelo match making!

Deixo aqui o endereço do site da Marina/Consuelo para quem se interessar em conhece-la melhor: www.consuelophd.com.br

Deixo também meus profundos desejos de que em breve possa compartilhar mais informações sobre essa pesquisa em dupla parceria. Oxalá - com as bençãos de Iemanjá!!!