24 março 2009

Pro laborium

Há algum tempo tenho pensado nas escolhas que fazemos dos nossoa trabalhos. Sempre encontro ou ouço de de alguem que não está lá muito contente com o seu trabalho, e o pior dos casos que está fazendo aquilo que não é exatamente a coisa que realmente lhe dá prazer e faz brilhar os olhos. O mais grave, ao meu ver, é que essas são pessoas jovens.

Mas afinal, o que e impede as pessoas de serem aquilo que ela realmente querem ser? Qual o medo? Será de enfrentar as dores que todo amor tem, afinal amar requer dedicação, frustrações, e continuo aprendizado? A pressão por nós mesmos colocada sobre a necessidade de se ter dinheiro para viver a vida de São Paulo também é outro importante fator que jusifica não se fazer aquilo que ama, afinal, parece haver um mito de que isso não pode te dar dinheiro... Enfim, as variáveis são muitos e as justificativas também.

Lendo agora um texto de Wolfgang Sachs, encontrei uma passagem sobre o trabalho que muito me intrigou. Diz ele que com a era da industrialização o homem passou a ser "homo laborans cuja natureza como ser humano só poderá ser realizada através do trabalho. O que é adequado para a sua natureza, e, portanto, considerado como virutde, é definido segundo exigências da produção mecânica. A nova lista de virtudes é ditada pelas leis que dão eficiência às máquinas: pontualidade, precisão, disciplina, precisão, diligência, etc, etc"

Isso então me fez pensar sobre a nossa relação com as nossas aptidões e nossos talentos, e o quanto somos capazes de observar para além desse modelo mental, quais são realmente as nossa qualidades, que vão muito além daquela necessárias para o trabalho que realizamos.

Um dia conversando sobre isso com um amigo ele disse, uma dica para você saber quais são os seus talentos, começe a prestar atenção para o que as pessoas pedem a sua ajuda!

O caminho está aberto...

Um comentário:

  1. E pensar o que é o trabalho para quem é pobre e não estudou né... a reles garantia do pão, ou nem isso, de meio pão. Thiago de mello, num poema sobre paulo freire, diz que o trabalho é uma forma de amar, não um fardo que carregas...

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