30 abril 2009

The boat trip

The journey had begun
My boat is out here flowing in the waters of the streams that are composing the river of life

Out there at the Paradise spot in the lake at their front door
I felt deeply happy and grateful
Great sense of peace and stillness

Listening, learning
from the silence of nature
from the telling of stories
My heart nourishes itself
with joy and pleasure

My heart is full
and my soul is willing to speak from the tears that drop by

It´s good to back in this circle.

(poem after arriving in Silkebourg, Denmark, having gone sailing with Toke and Monica)

27 abril 2009

Casa de pássaro é vento

Amanhã embarco.

Paris - Billund - Paris - Lyon - Nantes - Paris - Atenas - Delfos - Platania - Amsterdã - SP

Chegadas e partidas. Rumo a aprendizados. Crescimento pessoal e profissional.

Encontros esperados, encontros inesperados.

Lugares conhecidos, lugares revisitados, lugares novos, lugares antigos

Primavera florida. Os parques estarão cheios. As cidades movimentadas e cheia de vida. As pessoas felizes com o prenúncio do verão.

Um voo a mais. Uma experiência voraz. Como buscadora e também polinizadora eu vou. Levar e trazer nas asas da borboleta que voa, voa... sempre.

26 abril 2009

Maricotas

Nos conhecemos desde que nossos sorrisos ainda eram de dente de leite. Colegas de classe na Escola Comunitária, nossa amizade perdura até hoje. Quando nos encontramos, o tempo passou, mas o carinho e a cumplicidade não. Nos conhecemos muito bem. Sabemos de tudo umas da outra. Amigas para toda a vida.

Juntas aprendemos sobre os índios do Brasil, sobre a doença de chagas, o teorema de Pitágoras e os clássicos gregos. Aprendemos também como é gostar de alguem, a beijar de língua, a ficar e a namorar. Jogamos queimada e handball, pulamos salto em distancia, corremos 100m e salto em altura.

Com elas fui pela primeira vez num bailinho, nas matinês na Pachá e nos bailes de carnaval dos clubes locais. Juntas fomos viajar em estudos do meio (Curitiba, Pirapora, Cidades Históricas), em férias e feriados. Dormíamos umas nas casas das outras, passando o fim de semana juntas conversando e rindo. Cantávamos Jackie Tequila e Green Day.

Época do Vestibular, estudamos juntas matemática, biologia, física... Fizemos nossas escolhas de curso: economia, medicina, marketing e relações internacionais. Olhamos o jornal ansiosas, torcendo umas pelas outras. Umas ficaram na cidade e outras se foram, umas passaram de primeira e outras estudaram mais um ano.

Então voltamos juntas para as festas juninas como ex-alunas, nos encontramos nos bares ou nas casas para contar das vidas e dividir os momentos. Sempre que possível, se encontrando e revivendo tantos momentos.

Uma delas já é mãe. Com o filhote no colo a vi chegando no shopping noutro dia. Meus olhos umideceram. "Agora somos grandes!", pensei. Ele tem a cara dela e é muito esperto. Sentamos para tomar um café. Ela ia contando das peripécias dele e da vida de mãe. As tias ficaram babando.

Outra faz residencia no HC de São Paulo. Eu achava que vinha para ficar umas semanas...Não, até 2011! Um reeencontro. Sem esforço ou cerimônia. Saimos juntas pelo menos 1 vez por semana. Bares novos, amigos novos, amizade antiga.

Outra é empreendedora. Abriu seu próprio negócio num dos shoppings da cidade. O sucesso foi tanto que agora tem duas lojas. Ela está sempre lá, fiel. Disponível para encontrar e agitar. Sua casa é a minha segunda morada. Seus pais, companheiros da minha história e para quem, de qualque lugar do mundo mando sempre um cartão-postal contando das minhas andanças.

Outra não vejo faz muito tempo. Está agora distante. Foi para Aracaju fazer medicina da família. Saudades!

Essas Maricotas guardo no coração. Que a gente esteja sempre perto nessa história de virar gente grande.

25 abril 2009

Aprendizados de sexta a noite

Comida sem vinho é que nem namoro sem beijo,

Paquera sem iniciativa é que nem beijo sem amasso,

Balada sem música é que nem dia sem sol,

Balada com encontros inesperados é que nem sorvete com petit gateau
A-D-O-R-O!

21 abril 2009

Chegadas e saídas

Por que ficam longe tantas pessoas de quem gosto?
Porto Alegre, Rodonia, Nova Iorque, Brasilia, Campinas, Bahia
Parece mais um placar de partidas e chegadas do aeroporto
Informando os vôos dos meus sentimentos e pensamentos
levando com o vento as conversas que gostaria de ter
no colo de um ou com o sorriso do outro

Amigos, amores, amigas, quase amores, pais, irmãos
Amo muito de coração

15 abril 2009

E o contrato social?!

Quatro ou cinco funcionários da empresa concessionária de trens no Rio de Janeiro são filmados dando murros e chicotadas nos passageiros abarrotados nas portas que não fecham de um trem na estação de Madureira.

A cena é violenta, brutal e inadimissível!

São pessoas batendo gratuitamente em outras pessoas com tamanha violência, agressividade e ódio, como e estivesse frente a um mero saco de boxe. E eram pessoas!!! Pessoas que certamente acordaram de madrugada para ir ao trabalho, tendo que se deslocar da longinquo suburbio para as áreas nobres da cidade maravilhosa, e que não por escolha mas por necessidade tem que enfrentar o empurra-empurra do trem lotado numa situação de iminente insegurança. Uma maratona que pode levar horas a fio no começo e no fim do expediente.

E então, existe na plataforma das estações do suburbio do Rio, funcionários contratados, uniformizados e pagos para organizar e trazer segurança para os passageiroas, que, julgam-se com algum direito de bater nas pessoas que se aglomeram nas portas escancaradas dos trens. Ato, que pelo que mostra as imegens, parecem ser feitos com destreza e prática, sem um só traço de hesitação ou receio de ser visto.

Me chocou. Me deixou escandalizada. Me provocou indignação, muita indignação!
Como pode?
O que passa pela cabeça de um desses funcionários para fazer isso?
O que acontece no Rio de Janeiro que a brutalidade está tão a flor da pele?
E onde foi parar a ética das relações humanas que parece não mais constranger qualquer ação?

Estou profundamente tocada pelo o que vi. Foi chocante e feroz. Me mexe intimamente. Me mobilizou por dentro.

ISSO É UM ABSURDO E CABE AO GOVERNO DO RIO DE JANEIRO TOMAR PARA SI A RESPONSABILIDADE QUE LHE CABE PARA ASSEGURAR QUE ESSE TIPO DE ACONTECIMENTO NÃO SE REPITA NUNCA MAIS!

Olhe ao Redor

"Olhe para todos a seu redor e veja o que temos feito de nós. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não entendemos porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas, coisas e coisas, mas não temos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não esteja catalogada.Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora, pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar, mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos o que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer "pelo menos não fui tolo" e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia".

Por Clarice Lispector

11 abril 2009

Qual a tiara?

Maria tem 7 anos e é uma menina muito esperta.

Ela estava com sua irmã e sua mãe no shopping numa loja de acessórios.
Levava na cabeça uma tiara que estava provando e dizendo que queria levar.

A mãe dizia:
"Essa não, minha filha. Ela é muito bonita e é tiara de festa.

Maria respondia:
"Mas por que?"

E a mãe explicava:
"Você precisa de uma tiara para ir para escola e essa é para ir para festa."

A menina ainda não entendia:
"Mas por que?"

E tornava a mãe a explicar:
"Por que essa é mais bonita, feita de um tecido bonito, com brilho e é para você usar quando for para uma festinha, onde todos os seus amiguinhos vão arrumadinhos. Você está precisando de uma tiara mais simples para ir para a escola."

Intrigada Maria então disse:
"Mas por que? Por que eu só posso usar essa tiara para ir para a festa e na escola eu tenho que ir com a mais feia todos os dias?"

08 abril 2009

Trabalhando com o Governo

Ontem foi um dia cheio de reflexões! Um dia inteiro de oficina com o Allan Kaplan sobre "Formas Alternativas de Ver". Ufa!!! De pirar o cabeção... Mas isso fica para um próximo post - a medida em que for digerindo o que vivenciei... A noite, conversando com meu vizinho, me despertei para uma visão que nunca tinha tido, apesar de por muitas vezes ter buscado entender melhor e pensar a esse respeito sem muito sucesso: as possibilidades em parceria com o governo.

E chegando aqui no Ning agorinha fiquei muito feliz em poder compartilhar o que fiquei pensando sobre isso. E mais do que isso, fazer um convite para pensar junto, fazer um proposta de projeto, sei lá, dar mais consistência para isso.

Então vamos lá...

Me dizia meu amigo, que é dançarino e músico, que ele está trabalhando desde o ano passado num programa da prefeitura chamada Vocacional, que tem como objetivo impulsionar e melhorar a produção artistica de grupos musicais, de dança e teatro pela cidade. Ele então é contratado por um bom período do ano para dar suporte a grupos musicais em um CEU da zona sul duas vezes por semana. Me contava ele que esta experiencia tem sido muito rica no sentido de expandir sua visão sobre a cidade e por possibilitar que ele trabalhe com um publico tão diferente desse a que estamos acostumados da Vila Madalena e cia ltda.

Enquanto ele ia me contando isso, eu pensava comigo: "Nossa quero fazer isso também!" Me imaginava tendo encontros periódicos com pessoas de regiões distantes da minha realidade com o propósito de construir alguma coisa em conjunto a partir dessa minha prática de facilitação de desenvolvimento. E tentei me lembrar se já conheci ou ouvi falar de alguem que tivesse sido contratado pelo governo para prestar esse tipo de serviço, como faz o meu amigo músico e outros artistas que conheço. Não consegui. O mais perto que cheguei, foram conhecidos formados em sociologia que trabalhavam como educadores (de informática e coisas do gênero).

E isso me fez pensar:

Como seria um projeto de desenvolvimento social local da prefeitura de São Paulo para oferecer a população uma "consultoria" em processo de desenvolvimento?

Qual seria o impacto para o desenvolvimento social da cidade se o governo oferecesse formação sobre direitos e deveres do cidadão, legislação, controle social e accountability?

Qual seria o impacto se o governo contratasse profissionais de desenvolvimento para auxiliar a formação de lideranças locais para mobilizar a ação conjunta local em prol do desenvolvimento social?

Algumas coisas me vêem em mente sobre isso. A primeira delas é que essa seria mais uma forma de aproximar o governo da população com base na ação para o coletivo, para bem comum e o desenvolvimento de todos. Pois eu pessoalmente não considero o governo com um ator/receptor das minhas ações sociais. E mais do que isso, só vislumbro a possibilidade de ação em conjunto a partir de um convênio de um projeto de uma ONG ou trabalhando em alguma de suas instâncias.
Esta relação de contratação de profissionais para serem consultores para a população abre a possibilidade de uma relação produtiva e generativa com o governo e com a própria população. E Me parece ter uma qualidade diferente daquela estabelecida quando uma organização social é contratada para realizar um determinado projeto. Não sei exatamente porque e o que é essa qualidade, mas sinto que tem a ver com o fato de não haver a defesa de uma determinada agenda, e sim a "prestação de um serviço" para um propósito coletivo que está baseado exclusivamente no know-how destes profissionais contratados.

Isso sem contar com o impacto que eu imagino que essa abordagem teria nas pessoas que participassem do processo. Elas por sua vez teriam conhecimento e, espera-se alguma prática, sobre as ferramentas para fazer acontecer as mudanças sociais necessárias, seja mobilizando sua comunidade para ação, propondo projetos, seja demandando dos orgãos responsáveis o que lhes é de direito, seja fiscalizando o orçamento dos orgão responsáveis e cobrando eficiência e ação, quanto acessando o Ministério Público quando necessário para fazer valer as leis. A população por sua vez sentiria-se mais próxima do governo, não de uma abordagem de quem pede e reclama, mas de quem cria com, e pensa e age por si.

Enfim, tudo isso me inspirou a buscar os governos e suas instancias para entender melhor sua lógica e assim pensar em formas de chegar para ajudar na sua abertura para novas formas de trabalhar e assim realmente responder ao seu proósito, cada vez melhor.

Eu quero fazer parte desta nova forma de trabalhar!

07 abril 2009

Com Allan Kaplan

"Our way of seeing the world is far greater than our projects!"

06 abril 2009

Casar ou comprar uma bicicleta

São 5 da tarde, em iLha Bela, sol banhando o lugar com sua luz dourada, convidados todos muito arrumados e ansiosos para o início da carimonia. Ao fundo, o mar, os barcos e a vista do continente. Tudo muito lindo e todo o ar muito romantico. Então todos se aprumam, levantam-se e olham para o fundo. Lá vem o noivo com sua mãe, depois a mãe da noiva, os irmãos e as daminhas. E por final, ela, a noiva! Linda, sorrindo para conter o nervosismo, de braços dados com o pai. No ar dá pra sentir a emoção e a comoção.

O padre fala umas palavras bonitas, dá uns conselhos aos noivos e então dá a benção aos noivos enquanto trocam as alianças. Pronto, está sacramentado o matrimonio deste mais novo casal, perante Deus e os convidados ali presentes.

Durante todo o evento - que começou no dia anterior quando chegamos todos a Ilha, uns casais com data para casar, outros recem casados, outros namorando sério há anos, enfim, todos rumando para o altar... - me inquietava buscando entender quando, como exatamente as pessoas decidem casar-se!

Olhava todos aqueles casais, ainda muito jovens, seguindo o caminho já traçado, namorar anos a fio, ficar noivos, juntar dinheiro para dar entrada no apartamento e fazer a festa de casamento, sei lá, tudo muito previsto... Uma escolha que me parece ilusória... Como saber se essa é realmente a pessoa com quem mais você se dá bem para casar, se afinal essa foi a única pessoa com quem teve um relacionamento sério??? Temos mesmo noção do que é o amor, assim tão jovens??? Não sei! Me parece que não...

Entendo que somos seres para viver em dois, para constituir família e tudo mais, mas acho cada vez mais que isso requer um tempo para ser decidido... Sei lá, ou pelo menos uma reflexão que vá além do fato de seguir o caminho já esperado por alguem.

Enfim, a festa foi linda! Tudo estava ótimo. Os convidados todos se esbanjaram! Eu logo desisti de ficar invstigando muito tudo isso e fui curtir a noite!

Viva os noivos!!!